Chorrir!

À medida que a minha filha vai crescendo é delicioso ter a oportunidade de acompanhar ao dia a sua evolução, mas acima de tudo é uma coisa soberba ver os truques que aquela miúda já consegue fazer.

Podia aqui falar sobre o truque da “ventoinha” que consiste em fazer girar a chupeta num perfeito ângulo de 360º, o truque do “agora procura tu”, que mais não é do que cuspir propositadamente a mesma chupeta para sítios que não lembra ao menino Jesus, e depois apreciar os pais, ali, vergados de joelhos perante ela, ou o truque do “faz barulho que dói”. Uma apurada técnica aperfeiçoada diariamente onde ela me dá “chapadões” de força, de mão aberta e dedos esticados, na careca sempre que a meto às cavalitas!

Mas não! O que mais me encanta na minha filha é a mestria com que ela domina a arte do “chorrir”.

Para quem não sabe, “chorrir” é o termo que encontramos lá em casa para descrever uma emoção que nós não fazemos ideia se é choro se é riso.  Sublinhar a complexidade do “Chorrir”. Uma emoção de uma bipolaridade imensa que nos pode levar ao desespero. Aquilo que devia forçosamente ser fácil de identificar, aquele ser, aqueles 68cm de gente,  por capricho, decidiu que devia ser incompreensível.

Serão Cólicas? Fome? Uma cabeçada na cama?

Ou… serão cócegas? Um riso só porque sim? Uma piada fantástica que só ela compreendeu?

Não fazemos puto de ideia!!!

Portanto, a solução que encontramos é que quando um caso de “chorrir” nos surge, nós… “Chorrimos” com ela!Maria Eduarda

2 comments

  1. missbluesy · Março 4, 2016

    Gosto mesmo muito de ler estes posts e “ver” a paternidade e o crescimento da tua filha através dos teus olhos. Acho que um dia ela própria vai adorar reler isto e ver-se como tu e a mãe a viam.
    Parabéns!

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    • J Eduardo Martins · Março 4, 2016

      O Blog ao início não era para isto. Eu até era dos que achava meloso demais ouvir os pais a falar dos filhos.
      Mas tem sido uma experiência tão diferente, que acabo inconscientemente por ver nesta “solução” a melhor maneira de eternizar o momento.

      Escrevesse eu sobre tudo o que acontece e tinha aqui um diário porreiro 🙂

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