Tudo tu!

Antes da Maria Eduarda nascer, chegaram a dizer-nos que dali a um certo tempo seria difícil ter outro tema de conversa entre amigos e família que não um que girasse em torno dela como protagonista principal. Aceitei mas achei parvo!!!!
Agora, 16 meses depois tenho coragem para dizer que…parvo era eu naquela altura.

Tem sido encantador ver o crescimento. Tão encantador, que não são só as conversas carregadas de orgulho que temos entre nós e com amigos, mas também este blog, um blog que pretendia receber ideias generalistas sobre o que se vai passando, mais não tem sido que uma espécie de “baú” onde vou guardando histórias/memórias do crescimento da ME.

Portanto, já não bastava a sala e a televisão do papá, também este blog é teu filha!!! Parabéns!!

Tens crescido de uma forma assustadoramente rápida. Tão rápida que não me admira nada que daqui a uns meses, semanas… se calhar até amanhã, já saibas ler. Por isso deixa-me dizer-te como foi o teu primeiro dia na Creche ontem.

Foi giro. E correu lindamente. Juro!

A sério que foi. Não acredites se te vierem dizer que choraste e chamaste pela mamã e pela vovó compulsivamente. É mentira. Estiveste lá a sorrir o dia inteiro.

Nem acredites se o Joãozinho te vier dizer que lhe tentaste fanar a chupeta. Enganos acontecem. Ninguém o mandou ter a Xuxa na boca dele ali à mão de semear. Aliás ela até era verde e facilmente se confundia com a tua… que é vermelha!

Ahhh… E não acredites se te disserem que ao contrário dos outros meninos, comeste a sopa toda e o prato principal sem deixar gota ou grão que fosse ok?? Até parece!!!

… Bem… nisto o papá não te pode mentir. Podes acreditar, foi verdade. Marcaste bem a tua posição naquela cozinha Maria! Xiça!

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Chorrir!

À medida que a minha filha vai crescendo é delicioso ter a oportunidade de acompanhar ao dia a sua evolução, mas acima de tudo é uma coisa soberba ver os truques que aquela miúda já consegue fazer.

Podia aqui falar sobre o truque da “ventoinha” que consiste em fazer girar a chupeta num perfeito ângulo de 360º, o truque do “agora procura tu”, que mais não é do que cuspir propositadamente a mesma chupeta para sítios que não lembra ao menino Jesus, e depois apreciar os pais, ali, vergados de joelhos perante ela, ou o truque do “faz barulho que dói”. Uma apurada técnica aperfeiçoada diariamente onde ela me dá “chapadões” de força, de mão aberta e dedos esticados, na careca sempre que a meto às cavalitas!

Mas não! O que mais me encanta na minha filha é a mestria com que ela domina a arte do “chorrir”.

Para quem não sabe, “chorrir” é o termo que encontramos lá em casa para descrever uma emoção que nós não fazemos ideia se é choro se é riso.  Sublinhar a complexidade do “Chorrir”. Uma emoção de uma bipolaridade imensa que nos pode levar ao desespero. Aquilo que devia forçosamente ser fácil de identificar, aquele ser, aqueles 68cm de gente,  por capricho, decidiu que devia ser incompreensível.

Serão Cólicas? Fome? Uma cabeçada na cama?

Ou… serão cócegas? Um riso só porque sim? Uma piada fantástica que só ela compreendeu?

Não fazemos puto de ideia!!!

Portanto, a solução que encontramos é que quando um caso de “chorrir” nos surge, nós… “Chorrimos” com ela!Maria Eduarda

Parece que foi ontem!

6 Meses!!

Meio ano do mais puro, sincero e incondicional amor.

Olhando o passado recente cá de cima (e como diz o teu padrinho) “parece que foi ontem” que tudo aconteceu. Mas descendo meia dúzia de degraus, devagarinho (um por cada mês), é possível perceber que tudo tem acontecido de forma intensa, nem sempre fácil… mas bonita.

Que és uma menina especial já todos nós sabemos. O teu sorriso constante e fácil não engana nem a mais sisuda ou desinteressada das pessoas que se cruzam contigo. Agora que ias mudar tanto e tão depressa os teus pais, isso confessamos que é uma novidade.

Dizíamos que estávamos mais do que preparados. Tínhamos lido, estudado, ouvido com atenção tudo o que outros pais já nos tinham dito… Para que?? Bem… para muito pouco na verdade!

Faz hoje 6 meses. Meio ano, que toda essa nossa teoria foi pelo ralo abaixo. Depressa percebemos que eras única. Que tinhas as tuas próprias leis, e que tinhas vindo para as impor desde a primeira hora.

Mas convenhamos lidar com isso tem sido fácil… Não és lá grande ditadora digo-te já! Os ditadores, esses mauzões, não têm o sorriso que tu tens (já tinha falado no sorriso??), nem nos desarmam com aqueles gritos, caras, caretas que tu fazes. És uma ditadora fofinha e bolachuda!

Faz hoje 6 meses. Meio ano, que tem sido um encanto de ver passar. Tempo suficiente para nos fazer perceber que a vida mudou para melhor. Que muito embora as prioridades agora se resumam a saber se as fraldas do Modelo estão a melhor preço que as do Pingo Doce… isso não tem de ser uma coisa má, não senhora!

Tudo é por e para ti… e tudo vale a pena. O cócó tóxico, as nódoas de baba na camisa, os óculos que tu tanto gostas de arrancar, os banhos espectaculares… a cara preciosa dos teus padrinhos quando te vêem (que grandes padrinhos tu tens ME). A tolice medonha que os teus 4 avós tem por ti… e que fazem com que os teus pais vejam neles atitudes que nunca viram num passado longínquo, mas que parece que foi ontem. Vale pelos amigos dos teus pais… que te visitam regularmente, mas quando não te vêem durante meia dúzia de dias ligam a perguntar como estás. Os mesmos Amigos que sabem já o quão especial tu és.

É verdade que faz hoje 6 meses…. Mas parece uma vida!

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Eles são (quase) todos iguais!

Quando era miúdo nunca liguei grande coisa à política… Também não a percebia, é uma verdade!

Coisa chata, sem interesse que só ganhava piada quando era altura de eleições. Aí era ver a distribuição massiva de canetas, balões, bonés, t-shirts, cromos (não os candidatos… os que colam mesmo). Uma maravilha. Algo que para uma criança como eu, que cresceu com pistolas de pau, e carros de arame… se tornava num Natal antecipado.

Depois cresci. E tomei consciência que até era conveniente perceber qualquer coisa de política, mesmo apesar de ela continuar a ser desinteressante, chata e até irritante como vinha a ser. Convinha aprender a ler as letras pequeninas!

Fui percebendo que mais do que eleger gente que tome decisões por nós, a política é um sério caso de bipolaridade, essa doença gravíssima. Vi isso por amigos e conhecidos meus, que pura e simplesmente abdicavam do seu livre arbítrio e seguiam a manda só porque sim!

Apesar de ter a minha costela partidária, nunca pactuei com a doença obsessiva que é seguir e defender um partido. O agitar de bandeiras, o bater de palmas só “porque sim”, o uso abusivo e enjoativo do termo “muito bem, muito bem!”… Os beijinhos, MEU DEUS… os beijinhos. Forçados, numa tentativa exasperada de conseguir a confiança de um eleitor.

Tudo soava (soa?) a falso

Agora com quase 33 anos, olho para a política ainda com mais interesse, mas infelizmente com o mesmo desdém e desilusão. Os ditos e não ditos, a terminologia cara típica de quem fala com aquele sotaque de “bancada parlamentar” (quase tão irritante como aquela pessoa que vai a França um ano, e regressa no verão a dizer “bonjour ça vá”), as redundâncias e as mentiras descaradas continuam a existir e a serem encaradas como uma realidade banal. E como tal, assim caminhou o nosso país para este triste estado.

Não sou de forma algum dos que diz que “os políticos são todos iguais”. Felizmente há uns melhores do que outros. Mas infelizmente às vezes penso que é gente que vai escasseando.

Gostava que um dia se fizesse política para as pessoas que votam. Juro que gostava… Elas mereciam!

 

O Culpado!

Tendo nascido no início da década de 80, ainda vim a tempo de apanhar e pertencer à geração dos que inventavam o que fazer.

Deixarei para outra altura uma discussão mais detalhada sobre esta temática, mas fica desde já o meu apelo para que pelo menos uma medalha da Ordem do Infante (seja lá isso o que for) seja entregue a alguém que represente todos os “putos” que cresceram nos anos 70 e 80. Aqueles que colocaram no dicionário a letras de ouro, a palavra “Desenrascado”.

Mas adiante…

Em altura em que não havia o que fazer, como dizia, cresci com a companhia do Herman José. Presença habitual na minha velha Radiola a preto e branco. Aquele “ser” moldou de forma inquestionável o meu sentido de humor. Apesar de muito rebuscado para a minha idade, dava para perceber que afinal de contas era giro brincar com coisas sérias. Que fazer vozes, caricaturar alguém ou falar sozinho não é sintoma de doença mental.

Isto é tão verdade que eu imitava e imito ainda hoje a Maximiana como ninguém. É só me pedirem que eu faço. 10 € de cachet… coisa barata!

Não sou pessoa de sonhar em conhecer muitas pessoas. Mas da minha pequena lista de notáveis com quem gostaria de conversar 1 minuto, é conhecido que o Herman está lá. Aliás… Estava. Finalmente conheci o “culpado” pelo meu feitio!

Fica o Registo e o meu Obrigado!

Herman

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Aos meus 195 Amigos… Pendentes!

O Facebook tinha tudo para ser uma cena gira… a sério que tinha. Mas depois vieram os utilizadores e estragaram tudo.
Chamem-mkeep_calm_it__s_only_facebook_by_bas345-d3hbv1te antiquado, mas eu ainda sou daqueles que antes de aceitar um pedido de amizade, tento perceber quem é a pessoa, e, caso não a conheça… pura e simplesmente não aceito. No entanto mesmo que conheça, tento perceber qual é o meu grau de amizade/conhecimento com esse mesmo perfil (sim, as pessoas agora não são pessoas… são perfis).

Se aceitar… fixe! Façamos likes uns aos outros como se não houvesse amanhã!

Se não aceitar… bem, aí chegamos aos 195 pedidos de amizade que tenho no meu facebook.

Meus queridos, aqui fica a verdadeira razão pela qual não vos aceito. Chegar a casa de uma pessoa, bater à porta e não dizer quem é, nos dias que correm é… chato, rude e xunga vá. Ao menos mandem uma mensagem a dizer o que querem. É que senão fico sempre com a ideia que podem ser os gaijos da MEO, e nessa situação o meu cérebro ordena que pura e simplesmente finja que não estou em casa.

E atenção… há senhores da MEO muito boas pessoas. Eu não os conheço, mas não duvido que o sejam!

No entanto isto não acaba aqui. Os valores morais por vezes falam mais alto, e eu mesmo desconfiando, acabo por aceitar o pedido desse “perfil”. Por pena? – podem perguntar! Obviamente que não. Mais por caridade! (BURRO).

Depois, diariamente o meu “feed” (outro termo absolutamente brutal), faz questão de me mostrar o quão errado eu estava quando decidi clicar no botão “aceitar” (Seguindo a analogia – “abrir a porta de casa”).

E lá vêm eles… Carregadinhos de citações do Citador, ou com uma vontade enorme de mostrar o imensamente felizes que são nesta vida, com declarações, fotos ou vídeos, mesmo que seja no dia a seguir a uma grande depressão que tiveram. Ou até (espantem-se) aqueles que não escrevem absolutamente NADA. Nem um triste “like” ou comentário fazem.

“São sossegados” podem dizer. Nada disso meus Amigos!

Para perceberem a perigosidade destas pessoas, imaginem então que receberam em casa umas pessoas, e uma dessas pessoas amigas trouxe um amigo que vocês não conhecem, mas que por afinidade deixaram que ele entrasse. No final da noite foi tudo à sua vida, fecham a porta, respiram fundo, vão à casa de banho passar água pela cara, e quando abrem os olhos ali está aquela pessoa, atrás de vocês e reflectida no espelho. Só a observar a vossa higiene pessoal. Sossegada!!

Mas isto não acaba aqui. Pior que tudo o que acabei de descrever, o que me faz solenemente arrepender dos pedidos de amizade que aceito, são as pessoas que escrevem “sertezas” ou “abituado”.

Por isso, meus queridos 195 “quase Amigos”, eu gosto de vocês a sério que gosto, por isso é que não vos aceito. Aliás, o problema não é vosso… é  Meu (1):

(1) – Retirado do livro popular “Merdas que os Gaijos dizem às Gaijas para as despachar!”

Uma Jóia de Moça!

Dois meses depois, posso afirmar com conhecimento de causa que… “Não é por ser minha filha, mas esta miúda é um encanto!”.

Andei anos a fio a ouvir esta frase da boca dos meus amigos, e confesso que sempre a senti como não sendo algo mais que um grande, enorme e massivo “cliché”. Mas… não podia estar mais enganado!

Ao fim de dois meses de paternidade assumo que este “cliché” e outros como “Para o tempo que tem já está muito desenvolvida!” é a forma mais sincera e possível de mostrar todo o nosso orgulho naquela pequena e ternurenta fábrica de cocó ali à nossa frente!

E sobre o cocó (já que veio à conversa) dizer isto: Não tenho vergonha em dizer que fico feliz quando ela mo faz nas mãos. Leio isso como a forma possível que tem para dizer o quanto gosta de mim. No entanto espero que na minha velhice, quando eu regressar a este ponto, também ela o faça com a mesma alegria por mim…. Isto ou algaliar-me!dedinho

Espero continuar a coleccionar “clichés” ao longo dos anos. Sinal que a vida segue o seu rumo normal… Espero um dia dizer “Filha, há necessidade de ires sair com essa saia tão curta?” e de ela me responder “Oh Pai… mas eu já tenho 10 anos tá?!”.

Mas enquanto esse dia não chega, dizer “A minha filha é uma jóia de moça!”.Grita porque sim, chora porque não, vomita-me as costas… mas no fim larga aquele sorrisinho que me desarma. Quase o mesmo sorriso que fez com que mãe dela me desse a volta. Esta também outra jóia!

Há Petróleo no Beato!

Na década de 80, Raul Solnado protagonizava uma comédia chamada “Há Petróleo no Beato”… Onde em plena crise mundial, uma família descobre sem querer que tem petróleo no seu quintal vendo assim solução imediata para os seus problemas!

Em pleno 2015, parece que a comédia é reinventada, mudando os protagonistas. O papel desta vez fica entregue aos dirigentes desportivos, que parecem ter descoberto a sua própria fonte de petróleo e que esbanjam dinheiro em “craques” que chegam ao nosso País (em pré-falência convém recordar). Isto tudo, depois de comprovada uma fornada de craques lusos que fez um europeu de Sub 21 histórico. Irónico no mínimo!

Pessoalmente aguardarei serenamente a vinda do “Apocalipse”. O dia em que os clubes terão que recorrer aos Varoufakis desta vida e passar a responsabilidade de anos e anos de gestão danosa e dispendiosa para os sócios… que só queriam ver o clube campeão.

Enquanto isso, a riqueza do País (leia-se – “jovens com talento”), lá vai sendo valorizada e aproveitada pelos outros. Os tais apelidados de ricos, que afinal de contas mais não são que visionários abutres que aproveitam a ignorância de quem não o é.

Terminar dizendo… que afinal nunca houve Petróleo no Beatro!

O início de uma era… Ou se calhar não!

Bem vindos ao “Estupidamente Verdade”… Um blog pessoal, que visa abordar dessa mesma forma todas as temáticas que o escriba entenda serem susceptíveis de escrutínio mas que caso fossem escritas no seu facebook eram considerados testamentos absurdos e idiotas que acabariam por ser ignorados!
Aqui no entanto, irá acontecer a mesma coisa… mas pronto, é um blog.