O Culpado!

Tendo nascido no início da década de 80, ainda vim a tempo de apanhar e pertencer à geração dos que inventavam o que fazer.

Deixarei para outra altura uma discussão mais detalhada sobre esta temática, mas fica desde já o meu apelo para que pelo menos uma medalha da Ordem do Infante (seja lá isso o que for) seja entregue a alguém que represente todos os “putos” que cresceram nos anos 70 e 80. Aqueles que colocaram no dicionário a letras de ouro, a palavra “Desenrascado”.

Mas adiante…

Em altura em que não havia o que fazer, como dizia, cresci com a companhia do Herman José. Presença habitual na minha velha Radiola a preto e branco. Aquele “ser” moldou de forma inquestionável o meu sentido de humor. Apesar de muito rebuscado para a minha idade, dava para perceber que afinal de contas era giro brincar com coisas sérias. Que fazer vozes, caricaturar alguém ou falar sozinho não é sintoma de doença mental.

Isto é tão verdade que eu imitava e imito ainda hoje a Maximiana como ninguém. É só me pedirem que eu faço. 10 € de cachet… coisa barata!

Não sou pessoa de sonhar em conhecer muitas pessoas. Mas da minha pequena lista de notáveis com quem gostaria de conversar 1 minuto, é conhecido que o Herman está lá. Aliás… Estava. Finalmente conheci o “culpado” pelo meu feitio!

Fica o Registo e o meu Obrigado!

Herman

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Aos meus 195 Amigos… Pendentes!

O Facebook tinha tudo para ser uma cena gira… a sério que tinha. Mas depois vieram os utilizadores e estragaram tudo.
Chamem-mkeep_calm_it__s_only_facebook_by_bas345-d3hbv1te antiquado, mas eu ainda sou daqueles que antes de aceitar um pedido de amizade, tento perceber quem é a pessoa, e, caso não a conheça… pura e simplesmente não aceito. No entanto mesmo que conheça, tento perceber qual é o meu grau de amizade/conhecimento com esse mesmo perfil (sim, as pessoas agora não são pessoas… são perfis).

Se aceitar… fixe! Façamos likes uns aos outros como se não houvesse amanhã!

Se não aceitar… bem, aí chegamos aos 195 pedidos de amizade que tenho no meu facebook.

Meus queridos, aqui fica a verdadeira razão pela qual não vos aceito. Chegar a casa de uma pessoa, bater à porta e não dizer quem é, nos dias que correm é… chato, rude e xunga vá. Ao menos mandem uma mensagem a dizer o que querem. É que senão fico sempre com a ideia que podem ser os gaijos da MEO, e nessa situação o meu cérebro ordena que pura e simplesmente finja que não estou em casa.

E atenção… há senhores da MEO muito boas pessoas. Eu não os conheço, mas não duvido que o sejam!

No entanto isto não acaba aqui. Os valores morais por vezes falam mais alto, e eu mesmo desconfiando, acabo por aceitar o pedido desse “perfil”. Por pena? – podem perguntar! Obviamente que não. Mais por caridade! (BURRO).

Depois, diariamente o meu “feed” (outro termo absolutamente brutal), faz questão de me mostrar o quão errado eu estava quando decidi clicar no botão “aceitar” (Seguindo a analogia – “abrir a porta de casa”).

E lá vêm eles… Carregadinhos de citações do Citador, ou com uma vontade enorme de mostrar o imensamente felizes que são nesta vida, com declarações, fotos ou vídeos, mesmo que seja no dia a seguir a uma grande depressão que tiveram. Ou até (espantem-se) aqueles que não escrevem absolutamente NADA. Nem um triste “like” ou comentário fazem.

“São sossegados” podem dizer. Nada disso meus Amigos!

Para perceberem a perigosidade destas pessoas, imaginem então que receberam em casa umas pessoas, e uma dessas pessoas amigas trouxe um amigo que vocês não conhecem, mas que por afinidade deixaram que ele entrasse. No final da noite foi tudo à sua vida, fecham a porta, respiram fundo, vão à casa de banho passar água pela cara, e quando abrem os olhos ali está aquela pessoa, atrás de vocês e reflectida no espelho. Só a observar a vossa higiene pessoal. Sossegada!!

Mas isto não acaba aqui. Pior que tudo o que acabei de descrever, o que me faz solenemente arrepender dos pedidos de amizade que aceito, são as pessoas que escrevem “sertezas” ou “abituado”.

Por isso, meus queridos 195 “quase Amigos”, eu gosto de vocês a sério que gosto, por isso é que não vos aceito. Aliás, o problema não é vosso… é  Meu (1):

(1) – Retirado do livro popular “Merdas que os Gaijos dizem às Gaijas para as despachar!”

Uma Jóia de Moça!

Dois meses depois, posso afirmar com conhecimento de causa que… “Não é por ser minha filha, mas esta miúda é um encanto!”.

Andei anos a fio a ouvir esta frase da boca dos meus amigos, e confesso que sempre a senti como não sendo algo mais que um grande, enorme e massivo “cliché”. Mas… não podia estar mais enganado!

Ao fim de dois meses de paternidade assumo que este “cliché” e outros como “Para o tempo que tem já está muito desenvolvida!” é a forma mais sincera e possível de mostrar todo o nosso orgulho naquela pequena e ternurenta fábrica de cocó ali à nossa frente!

E sobre o cocó (já que veio à conversa) dizer isto: Não tenho vergonha em dizer que fico feliz quando ela mo faz nas mãos. Leio isso como a forma possível que tem para dizer o quanto gosta de mim. No entanto espero que na minha velhice, quando eu regressar a este ponto, também ela o faça com a mesma alegria por mim…. Isto ou algaliar-me!dedinho

Espero continuar a coleccionar “clichés” ao longo dos anos. Sinal que a vida segue o seu rumo normal… Espero um dia dizer “Filha, há necessidade de ires sair com essa saia tão curta?” e de ela me responder “Oh Pai… mas eu já tenho 10 anos tá?!”.

Mas enquanto esse dia não chega, dizer “A minha filha é uma jóia de moça!”.Grita porque sim, chora porque não, vomita-me as costas… mas no fim larga aquele sorrisinho que me desarma. Quase o mesmo sorriso que fez com que mãe dela me desse a volta. Esta também outra jóia!

Há Petróleo no Beato!

Na década de 80, Raul Solnado protagonizava uma comédia chamada “Há Petróleo no Beato”… Onde em plena crise mundial, uma família descobre sem querer que tem petróleo no seu quintal vendo assim solução imediata para os seus problemas!

Em pleno 2015, parece que a comédia é reinventada, mudando os protagonistas. O papel desta vez fica entregue aos dirigentes desportivos, que parecem ter descoberto a sua própria fonte de petróleo e que esbanjam dinheiro em “craques” que chegam ao nosso País (em pré-falência convém recordar). Isto tudo, depois de comprovada uma fornada de craques lusos que fez um europeu de Sub 21 histórico. Irónico no mínimo!

Pessoalmente aguardarei serenamente a vinda do “Apocalipse”. O dia em que os clubes terão que recorrer aos Varoufakis desta vida e passar a responsabilidade de anos e anos de gestão danosa e dispendiosa para os sócios… que só queriam ver o clube campeão.

Enquanto isso, a riqueza do País (leia-se – “jovens com talento”), lá vai sendo valorizada e aproveitada pelos outros. Os tais apelidados de ricos, que afinal de contas mais não são que visionários abutres que aproveitam a ignorância de quem não o é.

Terminar dizendo… que afinal nunca houve Petróleo no Beatro!

O início de uma era… Ou se calhar não!

Bem vindos ao “Estupidamente Verdade”… Um blog pessoal, que visa abordar dessa mesma forma todas as temáticas que o escriba entenda serem susceptíveis de escrutínio mas que caso fossem escritas no seu facebook eram considerados testamentos absurdos e idiotas que acabariam por ser ignorados!
Aqui no entanto, irá acontecer a mesma coisa… mas pronto, é um blog.