O Facebook tinha tudo para ser uma cena gira… a sério que tinha. Mas depois vieram os utilizadores e estragaram tudo.
Chamem-me antiquado, mas eu ainda sou daqueles que antes de aceitar um pedido de amizade, tento perceber quem é a pessoa, e, caso não a conheça… pura e simplesmente não aceito. No entanto mesmo que conheça, tento perceber qual é o meu grau de amizade/conhecimento com esse mesmo perfil (sim, as pessoas agora não são pessoas… são perfis).
Se aceitar… fixe! Façamos likes uns aos outros como se não houvesse amanhã!
Se não aceitar… bem, aí chegamos aos 195 pedidos de amizade que tenho no meu facebook.
Meus queridos, aqui fica a verdadeira razão pela qual não vos aceito. Chegar a casa de uma pessoa, bater à porta e não dizer quem é, nos dias que correm é… chato, rude e xunga vá. Ao menos mandem uma mensagem a dizer o que querem. É que senão fico sempre com a ideia que podem ser os gaijos da MEO, e nessa situação o meu cérebro ordena que pura e simplesmente finja que não estou em casa.
E atenção… há senhores da MEO muito boas pessoas. Eu não os conheço, mas não duvido que o sejam!
No entanto isto não acaba aqui. Os valores morais por vezes falam mais alto, e eu mesmo desconfiando, acabo por aceitar o pedido desse “perfil”. Por pena? – podem perguntar! Obviamente que não. Mais por caridade! (BURRO).
Depois, diariamente o meu “feed” (outro termo absolutamente brutal), faz questão de me mostrar o quão errado eu estava quando decidi clicar no botão “aceitar” (Seguindo a analogia – “abrir a porta de casa”).
E lá vêm eles… Carregadinhos de citações do Citador, ou com uma vontade enorme de mostrar o imensamente felizes que são nesta vida, com declarações, fotos ou vídeos, mesmo que seja no dia a seguir a uma grande depressão que tiveram. Ou até (espantem-se) aqueles que não escrevem absolutamente NADA. Nem um triste “like” ou comentário fazem.
“São sossegados” podem dizer. Nada disso meus Amigos!
Para perceberem a perigosidade destas pessoas, imaginem então que receberam em casa umas pessoas, e uma dessas pessoas amigas trouxe um amigo que vocês não conhecem, mas que por afinidade deixaram que ele entrasse. No final da noite foi tudo à sua vida, fecham a porta, respiram fundo, vão à casa de banho passar água pela cara, e quando abrem os olhos ali está aquela pessoa, atrás de vocês e reflectida no espelho. Só a observar a vossa higiene pessoal. Sossegada!!
Mas isto não acaba aqui. Pior que tudo o que acabei de descrever, o que me faz solenemente arrepender dos pedidos de amizade que aceito, são as pessoas que escrevem “sertezas” ou “abituado”.
Por isso, meus queridos 195 “quase Amigos”, eu gosto de vocês a sério que gosto, por isso é que não vos aceito. Aliás, o problema não é vosso… é Meu (1):
(1) – Retirado do livro popular “Merdas que os Gaijos dizem às Gaijas para as despachar!”